quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Depois da tempestade...


Os meses de julho, agosto e setembro de 2016 ficarão para sempre gravados na minha memória como os mais intensos e incríveis que já vivi - profissionalmente e pessoalmente falando. 

Profissionalmente pelo tamanho da responsabilidade que foi residir na Vila Olímpica e Paralímpica em contato direto com mais de 200 Comitês Olímpicos e 160 Paralímpicos, sendo o responsável direto por 19 deles.

Pessoalmente pela realização de um sonho de criança. A vida oferece muitas possibilidades e contornos para se chegar lá: não foi como atleta, mas afinal, eu cheguei "ao melhor lugar do mundo" como sempre quis.

Quem sofreu com isso certamente foi minha versão "atleta". Morar na Vila é maravilhoso, mas não é fácil. Absorto em trabalho, telefone tocando seguidamente, e cansaço extremo nos "períodos de folga". 

Entre o final dos Jogos Olímpicos e o final dos Jogos Paralímpicos, um período de um mês basicamente, corri apenas cinco vezes. Não troco esses treinos esporádicos por nada: quantos esportistas amadores têm ao privilégio de realizar seus treinos ao lado dos melhores atletas do mundo da sua modalidade? (sim, eles também treinam na Vila e conheci muitos deles). Comi mal, dormi mal, treinei mal. Mas valeu cada esforço.

Ao final desta jornada, até que não estou tão mal fisicamente. Corri 36 km (do Leme ao Pontal) como celebração, fiz um treino de 8 km para 3:30 min/km e fiz 6 tiros de 1.000m abaixo de 3m20s com 60s de intervalo.

Pior do que já fui, sem dúvidas, mas nem tão ruim assim, considerando as dificuldades recentes.

Dá para dizer que 2016 foi um ano perdido atleticamente falando (nos próximos 3 meses não farei milagre), mas eu não mudaria nada do que ele foi.

Baixaram-se as cortinas do espetáculo, e estou de volta à minha anormal vida normal.

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