terça-feira, 27 de outubro de 2015

A Maratona de Berlim

É incrível pensar que corri apenas 2h51 na Maratona de Berlim, 4 minutos mais lento do que havia feito na Maratona do Rio de Janeiro, que fiz como treino, 2 minutos antes.

Berlim me mostrou que as coisas não tem como dar certo sempre. Que falhas e fracassos em termos de performance são importantes para se melhorar no futuro.

Desde então, eu vinha em uma grande crescente em corridas e Maratonas. Precisava falhar. Precisava que fosse em Berlim.

E falhei, fazendo o melhor que pude. Mas o melhor que pude foi muito pouco. Em especial nos últimos dois meses de preparação. Os treinos de verdade se tornaram escassos. Priorizei o trabalho, que me é muito especial também. A Maratona pagou o pato. Fiz de tudo para que não pagasse. Mas não deu.

Corri como um campeão, para fazer menos de 2h40, mesmo em condições bem mais adversas do que Porto Alegre 2014.

A passagem de meia em torno de 1h20 foi demais para o meu preparo físico atual. Desidratei bastante, e tive muitas dores. O pior, foram as bolhas. Muitas bolhas. Busco entender o que aconteceu com meu Brooks T7 Racer, o tênis que sempre usei. 

Virou uma prova pela sobrevivência. Sobrevivi, e ao final dela, fui direto ao atendimento médico.

O 2h51 de Berlim poderia ser um 2h44-45, tivesse corrido mais conservador. Possivelmente nem teria terminado em um estado tão ruim.

Mas 2h44-45 não bastavam.

Eu ia correr abaixo de 2h40, ou não importaria.

Não importou.

E Berlim foi 2h51. Incríveis 2h51. Incríveis porque depois de correr 2h47 em treino, correr 2h51 em prova é tragédia.

Mas Berlim 2015 valeu a pena. E não será esquecida.

Berlim 2015 me faz mais forte para o que virá à frente.

Eu ainda tenho um sonho.

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