sábado, 4 de abril de 2015

Sequência - a parte mais difícil

Quando treinei para o Ironman reforcei um conhecimento que eu já tinha desde que comecei a treinar: a parte mais difícil do treinamento é a sequência. Com o passar das semanas o corpo vai acumulando o cansaço e é difícil se manter em alto nível.

Em outubro e novembro de 2014 engatei dois ótimos meses em sequência. Cheguei a fazer um 10K em treino para 34:00. Infelizmente não competi neste período, onde acredito teria alcançado excelentes resultados, pois de fato estava muito bem. Mas em dezembro peguei catapora, fiquei dias sem treinar, e depois com as festas de final de ano piorou tudo.

Veio janeiro, e novamente engatei uma boa sequência, que consegui manter até depois do carnaval. Tanto janeiro quanto fevereiro foram meses excelentes onde consegui treinar uma média de 100km semanais. Essa sequência produtiva culminou com um 10K em 32:45.

Porém veio março, e com ele vários fatores que comprometeram meu treinamento e fizeram deste meu pior mês de atleta em muito tempo. Consegui correr apenas em 19 dos 31 dias do mês, fiquei doente, e tive duas semanas absolutamente ruins com cerca de ~ 40 km's semanais.

Curioso é que em março ainda consegui fazer alguns treinos excelentes, porém treinos aleatórios. Como um 10 x 1000 com 1' de intervalo para 3:18 de média, ou um 5 x 1000 com os mesmos 1' de intervalo para 3:08.

Porém, não tive sequência. Um dia bom e três ruins não fazem uma Meia Maratona.

Dia 12 de Abril vou correr a Golden Four no Rio de Janeiro.
Largarei na Elite A da prova, um orgulho adquirido depois de muitos anos de estrada.

Mas dificilmente farei uma boa prova.
Fosse ela há um mês, e estaria bem.

Mas 30 dias capengas são suficientes para estragar todo um ciclo de treinamento.

Qual o próximo passo?

A páscoa não poderia vir em hora melhor.

Renovação.

Início de um novo ciclo.

A Maratona de Berlim ainda não está perdida - desde que a sequência até lá seja estável naquilo que sei que preciso fazer.

Sequência.

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