quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Escrevendo sobre música - The Smashing Pumpkins

É tempo de se escrever sobre música. Neste semana começaram as vendas antecipadas para o Rock in Rio 2015, e no último final de semana foi anunciando o Line-Up do Lollapalooza 20015, os dois maiores festivais de músicas do Brasil. Um é mais rock n' roll (e também mais pop, ao misturar System of a Down com Katy Perry), o outro mais underground e alternativo. Sempre quis ir ao Rock n' Rio e ao Lolla, mas o "custo Brasil" impede de ir aos dois - são 1000 reais só de ingressos!

Música e corrida estão intimamente relacionados. Meu ipod shuffle é um dos itens mais indispensáveis e o carrego na maioria dos treinos. Treinar com música deixa os cerca de 100 quilômetros semanais mais brandos. Na verdade, talvez eles nem fossem possíveis sem música.

Em meio a esses 100 quilômetros por semana faço uma verdadeira viagem na história da música, escutando basicamente de tudo dos anos 50 até o atual, do clássico ao underground. Não costumo escutar muita coisa pop, Katy Perry e Lady Gaga são dois exemplos do que não costuma passar pelo meu ipod, mas também não sou contra, apenas acho que o pop do passado era melhor.

Entre meus sons preferidos para uma corrida estão: AC/DC, The Offspring, GreenDay, System of a Down - especialmente para os treinos mais difíceis. Nos treinos mais fáceis costumo escutar sons mais relaxantes.

Sobre os festivais, acredito que o Rock in Rio vá ser melhor que o Lollapalooza. Entre as poucas atrações anunciadas está o System of a Down, de quem gosto bastante, e outros grandes nomes devem vir (se o Metallica vier de novo e eu não for mais uma vez será uma auto-lamentação!), mas a verdade é que vou no Lollapalooza simplesmente pelo que de melhor ouvi nesses meus muitos anos de corrida. Explico.

O The Smashing Pumpkins é provavelmente minha banda preferida (comparável ao Pearl Jam) e fez e faz parte da minha história também como corredor. Embora a banda atualmente não seja nem de longe o que foi no passado (apenas o vocalista e compositor Billy Corgan permanece, depois de ter retomado com a banda nova em 2007, após o último trabalho relevante ter sido em 2000), os clássicos sempre marcam presença no show. Foi assim em 2010, quando eles vieram ao Brasil e pude ver ao vivo uma apresentação que achei bem morna, mas que valeu a pena.

Embora verdade seja dita, depois de 2000 os Pumpkins nunca mais foram os mesmos (na teoria e na prática), entre 1993 e 2000 eles simplesmente construíram uma carreira musical suficientemente grandiosa para estabelecerem seu nome na história da música. Billy Corgan se tornou uma referência de gênio musical. E por que este corredor gosta tanto da banda?

Porque o The Smashing Pumpkins se mostrou, dentre tudo que escutei nessa vida, como a banda mais capaz de misturar estilos tão variados quanto treinos de corrida, e ser especial em cada um deles. De músicas pops ("1979" é um dos marcos dos anos 90) a outras cheia de guitarras distorcidas e alternativismo ("Thru de Eyes of Ruby", por exemplo). De músicas doces e suaves (como a lindíssima e simples "Stumbleine" ou a lindíssima e nem-tão-simples "To Sheila") a verdadeiros pesos pesados ("Bullet With Butterfly Wings" mostra a que veio e se torna inesquecível em 5 segundos e "Tales of a Schorched Earth" é o contraponto perfeito do "doce"e "suave"). De músicas marcantes de 3 minutos ("Disarm" e "Today") a verdadeiras epopéias de longa duração ("Porcelina of the Vast Oceans", "Thru the Eyes of Ruby"). Ou de músicas que simplesmente transcendem o conceito de música para algo a mais muito especial (certa vez decidi que "Tonight Tonight" era minha música preferida na vida).

A isso, é possível acrescentar: o vocal único e característico de Billy Corgan, as letras extremamente profundas e o fato deles terem lançado o álbum que é uma verdadeira obra-prima (e que é impossível ouvir algo parecido, o "MellonCollie and The Infinite Sadness").

Eu queria ir no Rock in Rio... mas terei que optar pelo Lollapaloozza.

Uma apresentação do Smashing Pumpkins:

Tonight, Tonight, a canção "mágica"


A lindíssima "To Sheila"



E a que mostra a que veio nos primeiros 5 segundos.
(um dos grandes refrões da história do rock!)


Um cover que mostra bem o que quero dizer com "letras profundas". 

(as all things, must surely have to end,
and great loves one they have to part,
i know that i am meant to this world)



A arte da obra de arte. "MellonCollie and the Infinite Sadness".

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