quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Highway to Hell

Tenho comentado com amigos algo que estou descobrindo durante os treinos:

O dia do Ironman deve ser uma festa e pode até não ser tão díficil quanto parece. O mais difícil é chegar lá em condições de terminá-lo.

É muita renúncia, é muita disciplina. Exige que se treine cansado muitas vezes. Aí está o grande segredo. Treinar cansado, para acostumar o corpo com o esforço, o suor, a dor, e não parar.

Após um dia extremamente cansativo, difícil é manter o alto astral sabendo que no dia seguinte tem mais treino. Difícil é terminar um treino, olhar para a cama, desejar mais que nunca ficar por ali mesmo até o amanhã, e, não, reunião do trabalho.

Tenho descobrido que a mente de fato representa uma parcela muito maior do que poderia imaginar de todo o treinamento. Diria que esse é meu grande trunfo. É o que diz naquela famosa frase... "se você não pode se destacar pelo talento, então vença pelo esforço".

É esse o meu pensamento todos os dias. E fevereiro já foi. Faltam apenas março e abril para chegar o mês do grande dia.

Serão meses em que testarei meus limites físico e mental como nunca.

Preparado psicologicamente estou.

Ontem por exemplo, pedalei ao meio-dia em casa mesmo, no rolo. O rolo é um aparelho que prende a roda traseira da bike, e se pedala sem sair do lugar. Confesso ser um inferno. O suor é intenso e não consigo me concentrar. Olho no relógio somente para me surpreender que se passaram apenas mais dois minutos.

Não poderia haver som mais propício do que Highway to Hell, musicona do AC/DC. Sob um ponto de vista, treinar para o Ironman é isso. Ter certeza em certos momentos que se está a caminho do inferno. Porém sei, que do outro lado daquela linha, está na verdade o paraíso.


E o resto da semana?

Neste domingo tenho 120 quilômetros de bike programados. E de noite natação leve.

No sábado um longo de 20 quilômetros de corrida com morros.

Sexta, corrida leve, natação em séries.

Estou já em fase específica de treinamento para a Meia-Maratona Internacional de Florianópolis, dia 24 de março. Acredito que poderei lá alcançar minha melhor marca.

Vamo que vamo. Nem que seja até o inferno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário