segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

XIV Volta Internacional da Pampulha

Neste fim de semana estive em BH competindo naquela que é provavelmente a segunda corrida mais conhecida do Brasil, a Volta Internacional da Pampulha.

Este ano com novidades. Novo percurso de 18,6 km e novo local de largada e chegada, ao lado do estádio do Mineirão.

Foi uma experiência recompensadora, mas com ressalvas à organização.

O primeiro ponto é que estava inscrito na Elite B da prova, e ao buscar o kit, me surpreendi ao saber que o pelotão foi substituído por um pelotão especial onde quem pagou determinado valor largou na frente. Ou seja, foi mantido a Elite A (sub-30 nos 10 km) e a elite B foi simplesmente ignorada.

Fora isso a entrega do kit foi boa, apesar de ter muita gente e uma fila considerável, andou rápido e não teve tumulto. Kit ok para uma prova desse porte - camiseta de boa qualidade da Fila, boné, e amostras de gél, café 3 corações e amendoim.

Por volta das 07h15 chegamos ao local de largada, ou melhor, próximo a ele, pois a avenida já estava fechada. Uns 15 minutos depois me posicionei no pelotão, já com bastante gente, mas ainda aceitável considerando que eram quase 10 mil corredores.

Fiquei então 30 minutos em pé no meio do bolo sem poder me mexer muito aguardando a largada, que se deu quase que pontualmente (no meu relógio eram 8h05).

Fica a ressalva que não havia qualquer tipo de baias para dividir os atletas. Havia sim uma placa para os atletas se posicionarem de acordo com o ritmo, mas não houve qualquer controle da organização quanto a isso. A verdade é que era cada um por si.

Perdi um certo tempo devido à quantidade de atletas, mas logo estava correndo ao meu ritmo. Como a largada foi em forte descida, muita gente passou alucinada por mim, e já no terceiro quilômetro vi muita gente andando.

Aliás, a cada quilômetro eu ia passando gente e pensando como tal pessoa, sem muito porte de atleta, tinha corrido tal distância naquele ritmo. Por exemplo, passei o 5 km em 18.20 (3.40 por km) e ultrapassei alguns atletas quase andando... mas mesmo assim, é preciso estar muito bem treinado para correr 5 km nesse ritmo.

A prova em si não tem muitas novidades. Contorna a Lagoa da Pampulha, que não tem nada de mais. Esperava que fosse mais bonita e bem cuidada. Não me pareceu um espaço muito convidativo para se treinar, aliás, pois a calçada que margeia é bem estreita. Claro que na prova estava fechada a avenida, mas fui imaginando como seria morar em BH e treinar por ali.

Estava me sentindo bem cansado durante a prova inteira, pois tive uma semana bem corrida em Florianópolis, dormi muito pouco e quinta-feira fiz um treino insano (descrito no post abaixo). Além disso, caminhei muito no sábado, e com isso, sabia que estava na Pampulha mais para passear devido às dores musculares.

Assim, mantive um ritmo confortável, passando o 10 km em 36.50, a essa altura já com poucas trocas de posição.

A partir daí, posso dizer que o calor incomodou bastante e fez cair o ritmo de prova. Estava um dia de fato muito abafado em BH!

Por volta do km 14, o público começou a aparecer - aliás, isso foi um pouco decepcionante - à exceção de próximo da chegada, havia pouca gente torcendo no percurso.

Normalmente estou correndo muito forte e concentrado e por isso não interajo, mas aproveitei o clima descontraído e pouco competitivo que estava, e comecei a me divertir com o público, agradecendo os aplausos, agradecendo BH, o que foi muito bacana, pois próximo da chegada fui muito aplaudido - o público que incentiva o atleta gosta de um retorno, o problema é que normalmente o atleta está tão cansado que não consegue.

A chegada, aliás, era em forte subida, e como sobrou gás, acabei puxando o ritmo.

Ao final, terminei os 18,6 km (na verdade mais, pois como a prova era cheia de curvas, certamente corri mais que essa distância) em 1h11'49".

Fiz massagem após a chegada e andei bastante até encontrar o local da medalha. O kit de reposição deixou a desejar, com duas maçãs e duas barrinhas de cereal. Mas posso dizer que essa área de dispersão funcionou bem, pois não havia tumulto no local.

Fui esperar meus amigos da Integral, passando novamente pela linha de chegada e pelo camarote da Globo. Vi muita gente xingando a Globo, aliás.

Hoje saíram os resultados, e me surpreendi:

Posição geral - 87 / 8.632
Entre os homens - 81 / 6.629

categoria 20 a 24 anos - 5 / 250
(minha ultima prova nessa faixa-etária! maldito nascimento em dezembro!)

Ou seja, ainda peguei troféu na categoria, mas infelizmente não fiquei para a premiação e com isso não subi ao pódio.

Resumindo - vejo a Pampulha como uma prova em decadência. Esperava um número maior de concluintes, e como não é mais transmitida ao vivo na Globo, perdeu um pouco o seu glamour. Há pouca gente torcendo nas ruas na maior parte do percurso. O kit não surpreende, a largada é tumultuada (sem existência de qualquer tipo de baias) e esperava um percurso mais bonito.

Porém, valeu muito a pena pelo passeio descontraído realizado em equipe.


Integrais pouco antes da largada.


Chegada da prova (tempo bruto). Tempo líquido - 1h11'49

Um comentário:

  1. Tem gente posando atrás dos integrais.

    As vezes eu acho que és um pouco crítico demais com as provas. Mas acho muito válido fazer esse levantamento com as opiniões.

    Parabéns!! Logo logo conseguimos nosso primeiro lugar em NY! haha

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