Passam das 03h30 e aqui escrevo em meio à diagnósticos e planos de ação.
Eis a parte mais difícil de um atleta de alto rendimento como eu, isto é, que não parou sua vida para se dedicar somente ao esporte: conciliar suas outras vidas com a vida de atleta.
O que pode ser pior do que dormir tão tarde? Saber que se acorda muito cedo para uma quarta-feira de reunião atrás de reunião. Não são as pouco mais de duas horas de sono que terei - o problema é dormir duas horas num dia em que se faz um treino pesado em que ao chegar em casa se olha para a cama e se pensa - "que vontade de te abraçar e acordar daqui a uns dois dias".
Com o mau tempo em Floripa e a necessidade de se usar uma pista de atletismo para o treino, acabo utilizando a pista do Cefid (Udesc), a qual não gosto por esse motivo: ela não é oficial, possuindo 200m de distância.
Como a parte principal do meu treino consistia em correr 10 quilômetros alternando as velocidades... lá se vão 50 voltas. É chegar literalmente tonto (e cansado) ao final.
É terminar a primeira e pensar: beleza, agora faltam só 49.
É terminar a vigésima quinta e pensar: caramba, ainda faltam 25.
É terminar a quadragésima quinta e pensar: será que consigo fazer mais cinco?
Total do treino foram cerca de 13 km entre aquecimento, desaquecimento e essa parte principal, a qual consiste no seguinte:
400m Forte (tempo de 1.17 / 1.18 para cada tiro) e seguindo um 400m Fraco (entre 1.55 e 2.00).
Totalizando, portanto, 13 tiros fortes com 12 intervalos ativos (isto é, aquele tipo de intervalo em que não se para para descansar, mas se continua correndo, apenas diminuindo o ritmo).
Final do treino, fila para chegar em casa (ê Floripa), muita comida e muito trabalho - e pronto, o que são mais dez minutos no blog para escrever isso antes de encerrar um dia longo?
Apesar da dificuldade do treino, o décimo terceiro tiro acabei exagerando e terminando para 1.01 (cerca de 25 km/h).
E, então, não faltava mais nenhuma das cinquenta voltas.
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